Inquietude, desatenção e impulsividade? Podem ser sinais do TDAH.

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento, de causa multifatorial (fatores genéticos, biológicos e ambientais).

 

Caracteriza-se por desatenção, hiperatividade e impulsividade, que ocorrem isoladamente ou em associação. Os comportamentos tornam-se sintomas em função da intensidade, da frequência (presentes na maior parte do tempo) e das repercussões funcionais, gerando prejuízos ao indivíduo.

 

A manifestação do TDAH ocorre, normalmente, desde os primeiros anos de vida.

 

 

O TDAH é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados.

Estima-se que ele ocorre em 3 a 8% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo. Em mais da metade dos casos, o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta.

  • Acompanhamento psiquiátrico especializado

    Essencial para identificar causas e tratar a condição.

  • Diagnóstico preciso e tratamento personalizado

    Escuta empática para entender todas as necessidades do paciente.

Dr. Marco Túlio: Especialista em Tratamento do TDAH em Brasília

O psiquiatra é fundamental para realizar a sua avaliação completa, determinando o diagnóstico preciso e um tratamento altamente individualizado. Conte comigo!

FAQ

Duvidas frequentes sobre
TDAH

O que é o TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento, de causa multifatorial (fatores genéticos, biológicos e ambientais). Caracteriza-se por desatenção, hiperatividade e impulsividade, que ocorrem isoladamente ou em associação.

 

Os comportamentos tornam-se sintomas em função da intensidade, da frequência (presentes na maior parte do tempo) e das repercussões funcionais, gerando prejuízos ao indivíduo. A manifestação do TDAH ocorre, normalmente, desde os primeiros anos de vida.

 

O TDAH é comum?

O TDAH é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. A prevalência é de 3 a 8% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. 

 

Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta.

Quais os sintomas do TDAH?

O TDAH se caracteriza por desatenção, hiperatividade e impulsividade, que ocorrem isoladamente ou em associação.

  • Tipos de TDAH

1) Predominantemente hiperativo/impulsivo

2) Predominantemente desatento 

3) Combinado (Desatento e hiperativo/impulsivo)

A desatenção pode aparecer como dificuldade para manter-se engajado numa tarefa ou concluí-la, ouvir ordens, desorganização, tendência à distração, esquecimentos de compromissos ou objetos. Manifesta-se também por procrastinação e má administração do tempo (tendem a superestimar o tempo disponível). 

A hiperatividade manifesta-se como dificuldade de ficar parado quando este é o comportamento esperado e, em adolescentes, é comum o sentimento de inquietude. 

A impulsividade, por sua vez, aparece como dificuldade para esperar a sua vez, para atravessar a rua de forma segura e, ainda, como respostas muito rápidas e pouco elaboradas em conversas ou testes. 

Esses sintomas são influenciados por ambiente, grau de motivação do indivíduo e da idade: ambientes mais estruturados e com regras explícitas reduzem sua manifestação; tarefas divertidas, prazerosas e com recompensas rápidas favorecem a sustentação da atenção.                                                                                                    

O TDAH na infância, em geral, associa-se a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como “avoadas”, “vivendo no mundo da lua” e geralmente “estabanadas” e como se fosse “ligadas por um motor” (isto é, não ficam quietas por muito tempo). 

Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas. AS meninas exibem com mais frequência a apresentação predominantemente desatenta do TDAH, enquanto os pais e profissionais esperam ver a apresentação predominantemente hiperativa-impulsiva vista com mais frequência nos meninos.

Além da desatenção, hiperatividade impulsividade o TDAH costuma apresentar: 

- Baixa inibição, 

- Baixo autocontrole 

- Problemas com funções executivas - aquelas habilidade mentais que nos permitem regular nosso próprio comportamento. 

 

Essas 3 condições estão inter-relacionadas. A baixa inibição conduz a baixo autocontrole, e problemas com as funções executivas podem produzir diferentes problemas de autocontrole. 

Exemplos de baixa inibição: 

- "Acho difícil tolerar esperar, sou impaciente." 

- "Tomo decisões impulsivamente." 

- "Faço comentários sem pensar." 

- "Tenho dificuldade para interromper minhas atividades ou reprimir meu comportamento quando deveria fazê-lo".  

Exemplos de baixo autocontrole: 

- "Pareço não conseguir esperar por uma recompensa ou adiar fazer coisas que são vantajosas agora para trabalhar visando um objetivo posterior." 

- "Tenho tendência a fazer as coisas sem considerar as consequências de fazê-las."  

- "Tenho tendência a sair do trabalho mais cedo, se ele é entediante, ou para fazer algo mais divertido".  

- "Dou início a um projeto ou tarefa sem ler ou ouvir com atenção as instruções".  

Exemplos de problemas com as funções executivas: 

- "Tenho pouca noção do tempo" 

- "Esqueço de fazer as coisas que deveria". 

- "Sou incapaz de entender o que leio tão bem quanto pederia; tenho de reler as cosias para entender seu significado." 

- "Fico frustrado ou chateado facilmente" 

-  "Sou desorganizado - minha vida e minhas coisas parecem em constante desordem." 

- "Tenho dificuldade para planejar e atingir os objetivos que defino para mim mesmo ou para executar tarefas que concordo em fazer para os outros."

  • Repercussões do TDAH na vida adulta

O TDAH em adultos não é simplesmente um transtorno trivial da atenção. Em vez disso, é um problema relacionado com a capacidade de organizar o comportamento ao longo do tempo para se preparar para o futuro. Costuma causar dificuldades em 5 áreas principais:

1- Baixo autogerenciamento em relação ao tempo, ao planejamento e aos objetivos

2- Baixa auto-organização, resolução de problemas e memória de curto prazo

3- Baixa autodisciplina

4- Baixa automotivação

5- Baixa autorregulação emocional

Essas 5 áreas permeiam por quase tudo o que precisa fazer diariamente. Interfere seriamente na educação; relacionamentos sociais, incluindo relações amorosas, casamento ou convívio com parceiro; gerenciamento de finanças; dirigir carro; criar filhos; rotina; planejamento e desempenho no trabalho. Esses problemas costumam dificultar de tomar medidas de saúde preventivas e adotar um estilo devida que promova bem-estar geral a longo prazo.

As dificuldades nessas 5 áreas somam-se a um excepcional transtorno da autorregulação que resulta em falta de visão do futuro. E essa, é uma receita para diversos prejuízos nas principais atividades da vida diária.

Problemas que acontecem com maior frequência em portadores de TDAH

- Maior incidência de acidentes. Acarretando, aumento na taxa de mortalidade

- Maior incidência de desemprego

- Maior incidência de divórcio

- Menos anos de escolaridades completados

- Maior frequência de acidentes com veículos

- Maior incidência de abuso de álcool e drogas

- Maior incidência de depressão e ansiedade

- Maior incidência de obesidade

- Maior incidência de suicídio

Em alguns casos, o comprometimento da vida diária não é evidente num contato mais superficial. Apenas quando conversamos com o indivíduo acerca de suas relações interpessoais e de sua vida profissional é que percebemos sintomas típicos do TDAH e o quanto eles interferiram na vida do indivíduo. Em geral, são pessoas que têm muitas outras habilidades e uma capacidade intelectual que permite “driblar” o TDAH em várias situações e durante algum tempo, mas não em muitas delas e nem o tempo todo.

Quais as causas do TDAH?

O TDAH tem origem multifatorial, envolvendo fatores genéticos, biológicos e ambientais. Tem alta herdabilidade (importante relação com a genética).  

Alguns fatores gestacionais e ambientais perinatais já foram relacionados com aumento de risco para o desenvolvimento do TDAH:

- Uso de álcool e/ou tabaco durante a gestação

- Baixo peso ao nascer

- Parto prematuro

- Exposição a substâncias com potencial nocivo (exemplo: pesticidas)

Da mesma forma que múltiplos achados genéticos, gestacionais e perinatais parecem exercer influência sobre vulnerabilidade e risco para desenvolvimento de TDAH, os achados sobre impacto do ambiente na expressão do transtorno também são múltiplos e muito diversos. Presença de transtornos mentais em familiares, práticas familiares inadequadas e graves situações de conflito familiar podem ter influência sobre a expressão, a gravidade e o comprometimento do TDAH. 

Pesquisas mostram diferenças significativas na estrutura e no funcionamento do cérebro de pessoas com TDAH, particularmente nas áreas do hemisfério direito, no córtex pré-frontal, gânglios da base, corpo caloso e cerebelo.

Os portadores de TDAH parecem ter alterações na região frontal e nas suas conexões com o restante do cérebro:

- A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e, é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou impedir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.

- O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).

 

 

Como é o tratamento do TDAH?

Após o diagnóstico do TDAH, o paciente necessita de alguma forma de intervenção, e a maioria vai precisar de tratamento por um período relativamente longo. 

 

Antes de iniciar o tratamento medicamentoso, é importante que tanto o médico quanto o paciente e familiares tenham um bom entendimento a respeito do transtorno. 

 

O tratamento do TDAH é multimodal, incluindo múltiplas abordagens, cada uma direcionada para um aspecto do transtorno, como sintomas, padrões comportamentais, comorbidades e situações familiares, acadêmicas e de trabalho envolvidas.

 

Tratar o TDAH pode ser uma tarefa complexa, e uma boa comunicação com paciente, família e outros profissionais aliados enriquece grandemente o tratamento. 

 

O tipo de tratamento vai depender da idade do paciente. Para escolares (6 a 11 anos), adolescentes (12 a 18 anos) e adultos, recomenda-se tratamento medicamentoso, associado a intervenções psicoterápicas. 

 

A terapia comportamental foca em modificar os ambientes físico e social para promover mudanças de comportamento. O treinamento parental visa a desenvolver habilidades nos familiares para modificar o comportamento do paciente.

 

O TDAH pode manifestar de diversas formas, o registro objetivo e individualizado dos déficits funcionais do indivíduo deve ser realizado em consultas regulares. É necessário elencar os objetivos do tratamento e entender as expectativas de cada paciente. 

 

A intervenção terapêutica deverá ser construída a partir de uma história clínica detalhada que defina corretamente tanto o diagnóstico de TDAH quanto o das possíveis comorbidades. 

 

O uso de medicamentos psicoestimulantes ( disponíveis no Brasil são lisdexanfetamina e metilfenidato) é definido como tratamento de primeira linha (melhor opção de tratamento) para os sintomas nucleares do TDAH, independente da faixa etária do paciente. 

A escolha do psicoestimulante deve levar em consideração fatores como:

- Tempo total de ação do medicamento

- Perfil de efeitos colaterais

- Diagnóstico e comorbidades

- Rotinas e demandas exemplificadas pelo paciente em sua história clínica

- Disponibilidade de medicação

 

Embora existam particularidades nos mecanismos de ação dos diversos psicoestimulantes, eles potencializam as transmissões de noradrenalina e de dopamina. Seus efeitos adversos mais comuns incluem redução do apetite, alterações do sono, cefaleia e alterações do humor. 

 

Os psicoestimulantes são mais eficazes quando comparados aos não estimulantes indicados para o tratamento do TDAH (exemplos: atomoxetina e guanfacina). Medicamentos não estimulantes podem ser utilizados como tratamento de segunda linha.

Qual o papel do psiquiatra no TDAH?

O psiquiatra é quem fornece avaliação clínica especializada, diagnóstico e gerenciamento de sintomas. A partir disso, ele pode realizar uma avaliação abrangente para diferenciar o TDAH de outras condições e determinar a melhor abordagem de tratamento. 

Além disso, o psiquiatra é responsável por prescrever medicamentos, como estimulantes ou não estimulantes, quando apropriado, monitorando de perto os efeitos colaterais e ajustando as doses conforme necessário. Ele também desempenha um papel importante no suporte psicossocial, oferecendo aconselhamento e orientações aos pacientes e suas famílias sobre estratégias comportamentais eficazes. 

 

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Tratamento para o TDAH em Brasília: ganhe qualidade de vida

O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é o mais comum entre crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Estima-se que ele ocorra em 3 a 8% das crianças, em diferentes partes do globo. 

Em mais da metade dos casos, o transtorno segue na vida adulta, mas com sintomas mais brandos. Existem ainda muitos tabus em relação ao TDAH. É importante desmistificar cada um deles para que os portadores possam viver com uma qualidade de vida melhor. 

Pensando nisso, o Dr. Marco Túlio, Psiquiatra em Brasília especializado em TDAH, preparou esse conteúdo exclusivo para quebrar estigmas relacionados à condição. 

Acompanhe a leitura e confira!

O que é o TDAH? 

O TDAH é um distúrbio neurobiológico caracterizado por dificuldades persistentes em manter a atenção, controlar impulsos e regular o nível de atividade. Geralmente diagnosticado na infância, o transtorno pode persistir até a idade adulta.

De acordo com o DSM-5, manual de classificação das doenças mentais, o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade pode ser classificado em três tipos: 

  • TDAH com predominância de sintomas de desatenção. 

  • TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade.

  • TDAH combinado. 

As pessoas que têm essa condição podem desenvolver simultaneamente outros problemas de ordem psiquiátrica, como ansiedade e depressão. 

Quais as causas do TDAH? 

As causas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são multifatoriais e envolvem uma interação complexa entre fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais. 

Estudos familiares e de gêmeos sugerem uma forte predisposição genética para o TDAH. Múltiplos genes estão associados à condição, o que afeta neurotransmissores como dopamina e norepinefrina, essenciais no controle de impulsos, atenção e regulação do humor. 

Além dos fatores genéticos, aspectos neurobiológicos também exercem influência. Anormalidades em áreas do cérebro responsáveis pelo controle da atenção e do movimento foram identificadas em estudos de neuroimagem. 

A exposição pré-natal a substâncias como o tabaco e o álcool, a prematuridade e as complicações durante o parto também foram associadas ao aumento do risco de TDAH. Fatores ambientais, como exposição a toxinas, dieta e estresse familiar, também podem impactar a expressão dos genes associados ao TDAH. 

É importante destacar que o TDAH não é causado por má educação, falta de disciplina ou fatores sociais isolados. A compreensão desses fatores complexos é crucial para um diagnóstico preciso e o desenvolvimento de estratégias de intervenção eficazes e que rompem estereótipos.  

Quais os sintomas do TDAH?

O TDAH se caracteriza por desatenção, hiperatividade e impulsividade, que ocorrem isoladamente ou em associação.

Tipos de TDAH

1) Predominantemente hiperativo/impulsivo

2) Predominantemente desatento 

3) Combinado (Desatento e hiperativo/impulsivo)

A desatenção pode aparecer como dificuldade para manter-se engajado numa tarefa ou concluí-la, ouvir ordens, desorganização, tendência à distração, esquecimentos de compromissos ou objetos. Manifesta-se também por procrastinação e má administração do tempo (tendem a superestimar o tempo disponível). 

A hiperatividade manifesta-se como dificuldade de ficar parado quando este é o comportamento esperado e, em adolescentes, é comum o sentimento de inquietude. 

A impulsividade, por sua vez, aparece como dificuldade para esperar a sua vez, para atravessar a rua de forma segura e, ainda, como respostas muito rápidas e pouco elaboradas em conversas ou testes. 

Esses sintomas são influenciados por ambiente, grau de motivação do indivíduo e da idade: ambientes mais estruturados e com regras explícitas reduzem sua manifestação; tarefas divertidas, prazerosas e com recompensas rápidas favorecem a sustentação da atenção.                                                                                                    

Como o TDAH se manifesta na infância?

O TDAH na infância, em geral, associa-se a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como “avoadas”, “vivendo no mundo da lua” e geralmente “estabanadas” e como se fosse “ligadas por um motor” (isto é, não ficam quietas por muito tempo). 

Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas. AS meninas exibem com mais frequência a apresentação predominantemente desatenta do TDAH, enquanto os pais e profissionais esperam ver a apresentação predominantemente hiperativa-impulsiva vista com mais frequência nos meninos.

Além da desatenção, hiperatividade impulsividade o TDAH costuma apresentar: 

- Baixa inibição, 

- Baixo autocontrole 

- Problemas com funções executivas - aquelas habilidade mentais que nos permitem regular nosso próprio comportamento. 

Essas 3 condições estão inter-relacionadas. A baixa inibição conduz a baixo autocontrole, e problemas com as funções executivas podem produzir diferentes problemas de autocontrole. 

Exemplos de baixa inibição: 

- "Acho difícil tolerar esperar, sou impaciente." 

- "Tomo decisões impulsivamente." 

- "Faço comentários sem pensar." 

- "Tenho dificuldade para interromper minhas atividades ou reprimir meu comportamento quando deveria fazê-lo".  

Exemplos de baixo autocontrole: 

- "Pareço não conseguir esperar por uma recompensa ou adiar fazer coisas que são vantajosas agora para trabalhar visando um objetivo posterior." 

- "Tenho tendência a fazer as coisas sem considerar as consequências de fazê-las."  

- "Tenho tendência a sair do trabalho mais cedo, se ele é entediante, ou para fazer algo mais divertido".  

- "Dou início a um projeto ou tarefa sem ler ou ouvir com atenção as instruções".  

Exemplos de problemas com as funções executivas: 

- "Tenho pouca noção do tempo" 

- "Esqueço de fazer as coisas que deveria". 

- "Sou incapaz de entender o que leio tão bem quanto pederia; tenho de reler as cosias para entender seu significado." 

- "Fico frustrado ou chateado facilmente" 

-  "Sou desorganizado - minha vida e minhas coisas parecem em constante desordem." 

- "Tenho dificuldade para planejar e atingir os objetivos que defino para mim mesmo ou para executar tarefas que concordo em fazer para os outros." 

Como é o diagnóstico do TDAH? 

O diagnóstico do TDAH é complexo e requer uma avaliação abrangente por profissionais de saúde qualificados, como o psiquiatra. Não há um teste único para diagnosticar o TDAH. Para isso, os clínicos utilizam critérios estabelecidos no DSM-5. 

A avaliação inclui uma análise detalhada dos seguintes fatores:

  • Sintomas, histórico médico, comportamento observado em diferentes ambientes e a exclusão de outras condições médicas semelhantes aos sintomas do TDAH. 

A colaboração entre pais, professores e profissionais de saúde é fundamental para fornecer informações abrangentes sobre o comportamento do indivíduo. Testes psicométricos, escalas de avaliação de comportamento e entrevistas podem ser usados para coletar dados. 

O diagnóstico preciso é essencial para orientar um plano de tratamento individualizado, que pode incluir intervenções comportamentais, suporte educacional, psicoeducação e medicação. O processo de diagnóstico visa compreender os desafios específicos enfrentados pelo indivíduo e desenvolver estratégias eficazes para melhorar sua qualidade de vida. 

Existe tratamento para o TDAH?

Sim, o TDAH tem tratamento! A abordagem geralmente envolve uma combinação de intervenções comportamentais, psicoeducacionais e medicamentosas.

O diagnóstico e a prescrição do tratamento por um psiquiatra especializado em TDAH, como o Dr. Marco Túlio, referência em Psiquiatria no Distrito Federal, faz toda a diferença. Dessa forma, o paciente recebe um acompanhamento altamente individualizado para as suas necessidades. 

Após o diagnóstico do TDAH, o paciente necessita de alguma forma de intervenção, e a maioria vai precisar de tratamento por um período relativamente longo. Antes de iniciar o tratamento medicamentoso, é importante que tanto o médico quanto o paciente e familiares tenham um bom entendimento a respeito do transtorno. 

O tratamento do TDAH é multimodal, incluindo múltiplas abordagens, cada uma direcionada para um aspecto do transtorno, como sintomas, padrões comportamentais, comorbidades e situações familiares, acadêmicas e de trabalho envolvidas.

Tratar o TDAH pode ser uma tarefa complexa, e uma boa comunicação com paciente, família e outros profissionais aliados enriquece grandemente o tratamento. 

O tipo de tratamento vai depender da idade do paciente. Para escolares (6 a 11 anos), adolescentes (12 a 18 anos) e adultos, recomenda-se tratamento medicamentoso, associado a intervenções psicoterápicas. 

A terapia comportamental foca em modificar os ambientes físico e social para promover mudanças de comportamento. O treinamento parental visa a desenvolver habilidades nos familiares para modificar o comportamento do paciente.

O TDAH pode manifestar de diversas formas, o registro objetivo e individualizado dos déficits funcionais do indivíduo deve ser realizado em consultas regulares. É necessário elencar os objetivos do tratamento e entender as expectativas de cada paciente. 

A intervenção terapêutica deverá ser construída a partir de uma história clínica detalhada que defina corretamente tanto o diagnóstico de TDAH quanto o das possíveis comorbidades. 

O uso de medicamentos psicoestimulantes ( disponíveis no Brasil são lisdexanfetamina e metilfenidato) é definido como tratamento de primeira linha (melhor opção de tratamento) para os sintomas nucleares do TDAH, independente da faixa etária do paciente. 

A escolha do psicoestimulante deve levar em consideração fatores como:

  • Tempo total de ação do medicamento.

  • Perfil de efeitos colaterais.

  • Diagnóstico e comorbidades.

  • Rotinas e demandas exemplificadas pelo paciente em sua história clínica.

  • Disponibilidade de medicação. 

Embora existam particularidades nos mecanismos de ação dos diversos psicoestimulantes, eles potencializam as transmissões de noradrenalina e de dopamina. Seus efeitos adversos mais comuns incluem redução do apetite, alterações do sono, cefaleia e alterações do humor. 

Os psicoestimulantes são mais eficazes quando comparados aos não estimulantes indicados para o tratamento do TDAH (exemplos: atomoxetina e guanfacina). Medicamentos não estimulantes podem ser utilizados como tratamento de segunda linha.

Quais as repercussões do TDAH na vida adulta?

O TDAH em adultos não é simplesmente um transtorno trivial da atenção. Em vez disso, é um problema relacionado com a capacidade de organizar o comportamento ao longo do tempo para se preparar para o futuro. Costuma causar dificuldades em 5 áreas principais:

1- Baixo autogerenciamento em relação ao tempo, ao planejamento e aos objetivos.

2- Baixa auto-organização, resolução de problemas e memória de curto prazo.

3- Baixa autodisciplina.

4- Baixa automotivação.

5- Baixa autorregulação emocional.

Essas 5 áreas permeiam por quase tudo o que precisa fazer diariamente. Interfere seriamente na educação; relacionamentos sociais, incluindo relações amorosas, casamento ou convívio com parceiro; gerenciamento de finanças; dirigir carro; criar filhos; rotina; planejamento e desempenho no trabalho. Esses problemas costumam dificultar de tomar medidas de saúde preventivas e adotar um estilo devida que promova bem-estar geral a longo prazo.

As dificuldades nessas 5 áreas somam-se a um excepcional transtorno da autorregulação que resulta em falta de visão do futuro. E essa, é uma receita para diversos prejuízos nas principais atividades da vida diária.

Problemas que acontecem com maior frequência em portadores de TDAH

- Maior incidência de acidentes. Acarretando, assim, aumento na taxa de mortalidade.

- Maior incidência de desemprego.

- Maior incidência de divórcio.

- Menos anos de escolaridades completados.

- Maior frequência de acidentes com veículos.

- Maior incidência de abuso de álcool e drogas.

- Maior incidência de depressão e ansiedade.

- Maior incidência de obesidade.

- Maior incidência de suicídio.

Em alguns casos, o comprometimento da vida diária não é evidente num contato mais superficial. Apenas quando conversamos com o indivíduo acerca de suas relações interpessoais e de sua vida profissional é que percebemos sintomas típicos do TDAH e o quanto eles interferiram na vida do indivíduo. Em geral, são pessoas que têm muitas outras habilidades e uma capacidade intelectual que permite “driblar” o TDAH em várias situações e durante algum tempo, mas não em muitas delas e nem o tempo todo.

Dr. Marco Túlio: Psiquiatra em Brasília para o tratamento do TDAH

Se existe suspeita de que seu filho tem TDAH ou de que a condição começou a se manifestar em você, procure ajuda do psiquiatra. Ele é o profissional de saúde capacitado para diagnosticar e tratar corretamente.

Com o Dr. Marco Túlio, Psiquiatra em Brasília experiente no tratamento do TDAH, é possível contar com um atendimento humanizado e que compreende toda a sua história. Em ambiente acolhedor, sinta-se à vontade para se expressar. 

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